quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

É preciso desapego na hora de vender

O Tempo caderno: Imóvel & Construção

Quem sabe esta é a hora de trocar de imóvel? A família cresceu, apareceu uma boa oportunidade de negócio, o apartamento dos seus sonhos está sendo construído, seu FGTS já é suficiente para dar uma boa entrada para o financiamento. Tudo certo? Não sem antes ter a certeza de que conseguirá vender seu antigo imóvel.
Antes de partir para a compra de uma casa ou apartamento novos, é preciso colocar à venda o imóvel usado, pois, na maioria das vezes, é com este dinheiro que será quitada parte da dívida.
Entretanto, mesmo com o aquecimento do mercado imobiliário, escassez de opções e o aumento da procura, confirmada pela maioria dos especialistas do setor, é preciso um pouco de sorte e talento para que seu imóvel seja vendido dentro do prazo necessário para dar a entrada no novo negócio.
De acordo com a advogada e diretora da Céu-Lar Netimóveis, Daniela Magalhães, "os proprietários que não avaliarem corretamente seus imóveis terão grandes dificuldades para a venda."
Ela explica que é necessário ser realista e adequar o preço ao valor de mercado. "Avaliar um imóvel exige um certo trabalho e a melhor recomendação é buscar orientação de especialistas ou empresas capacitadas", confirma.
Um outro ponto que pode pesar contra uma negociação imobiliária é o apego emocional com relação à casa antiga. Além de atrasar a venda, este pode ser um fator para que o vendedor não queira arrastar o pé do valor do imóvel. Por isso, nessas horas é fundamental uma boa dose de frieza e desapego.
Achar que um imóvel vale mais do que as pessoas estão dispostas a pagar por ele é um grave erro. Mesmo que ele esteja bem localizado ou tenha uma boa distribuição interna, é preciso levar em conta alguns pormenores, como o tempo de construção do imóvel ou opções de lazer que o condomínio possa oferecer.
"O apego é muito recorrente em casos de heranças ou imóveis que tenham algum valor sentimental. É muito comum, nesses casos, os vendedores não aceitarem o valor apresentado pelas imobiliárias e recusarem todas as propostas recebidas. Mas, com o passar do tempo, se realmente estiverem precisando de vender, acabam cedendo", conta Daniela.

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